terça-feira, 23 de março de 2010

Minas e suas montanhas

Em resposta, vos digo caro amigo:

O que Minas tem é o que seu cantinho amado também tem. Nada demais, nem nada de menos.
Apenas lembranças tão saudosas que teimam em sempre persistir nas memórias embalsamadas. É isto: embalsamei minhas memórias para que durem a eternidade necessária!
Sei lá até quando ainda terei assunto para relatar o que passou e ainda saudar o que vai chegar.
É assim mesmo! Gostamos de lembrar o bom vivido! Ainda mais quando estas lembranças são acompanhadas de cheiros, cores, cachorros soltos pela casa grande, céu tão azul que reluz na água do açude! E tem também as histórias de bois e vacas brabas correndo atrás de crianças inocentes e sem medo.
Veja lá, no fundo da sua cachola, o que tem para ser contado de algum canto que gostas muito e vai descobrir pormenores gigantes!
Saudades que parecem não acabar!
E quando as belezas visuais falam mais alto que as vistas hoje em dia o coração bate pertado... pertadinho...
A saída? Relatar o que ele sente!
É por isto que falar de Minas é fácil e constante assim...!

segunda-feira, 22 de março de 2010

As últimas do dia!

Nem bem o dia terminou e já vem Maria com seus pensamentos cheios de bolhinhas flutuantes como vulcão em erupção!
Nem bem a meia noite de hoje chegou e ela vem trazendo os mandantes das onze horas de amanhã cedo. Que cedo que nada! Amanhã é dia de Maria levar na cabeça a roupa suja de Dr. Frederico para lavar nas cochas. Suas pernas fortes seguram, agarram e limpam até certas sujeiras incômodas muitas vezes. Mas é a profissão e assim como qualquer outra brasileira meramente ilustrada com sorriso forçado e força de vontade, vai às lutas primárias, secundárias e totalitárias.
Ela não para! Não deixa seu moinho parar de rodar com o fluxo das águas do ribeirão que corta as campinas e moi a mandioca até virar farinha.
Já é tarde demais e agora ela quase abre as mãos para derrubar no chão o trabalho suado do dia. Mas segura firme - tem que agarrar o sebo agora não mais fedido.

Mascarados



Protestar contra o poder

todos descalços.
vamos começar a colocar os pingos nos is e retirar os cedilhas dos cês.
eliminar os caprichos e treinar os desenhos!

Roseiras

e os minutos teimam em continuar passando e sendo contabilizados por alguns loucos por aí. soltos sem presa e presos com urgência, os segundos somam horas que juntas resultam vidas. vivenciadas pela conjunção de palavras, sentidos e sorrisos descobertos no simples final de semana de experiências. parece que as letras estão se juntando mais rapidamente que sempre existiram. as vogais, uma ao lado da outra com umas consoantes convidadas, estão reluzindo vozes que querem só gritar o que sentem. muitas vezes não é nada, outras é pura carência e algumas vezes chegam a cortar os ramos de belas roseiras...

Tempo? Perda de tempo!

hoje é meu último dia de vida...

...e justamente por isto quero tomar todos os cafés fracos da forte Minas Gerais!