sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Abro espaço para: Conversa de botas batidas
A gente só queria um amor
Deus parece às vezes se esquecer
Ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
Que a gente vai passar
Veja você, onde é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além
Vão dizer, que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair"
obs.: considere em vermelho falas de uma senhora e em verde frases de um senhor (minhas interpretações).
Eles só queriam viver um amor, veio a morte e Camelo fez isso ai! Que isso...
Traição
Morte antes da vida
O mistério está na sua interpretação. Por isto os concursos são tão estranhos...
Verdinho!
Tomate verde,
Maçã gelada,
Passarinho na janela cantarolando suas modas que nem sei de onde tira! Quem ensina os pássaros a cantar? Quem será? Beethoven aprendeu com seus sonoros ouvidos de mãos que maravilhas arrancavam até teclas!
Professor dos professores foi meu pai. Estudos pela metade, vida interrompida por cansaço e enfermidade impregnada. Ele sim sabia o que fazer, falar, vestir, como sorrir, se portar, cair, levantar. Com ele tudo parecia ser sempre perfeito com olhos que sabem enxergar a vida que cerca quase como prisão. Prisioneiros? Para que isto!
Não se prenda na casca dura que não agrada nem os menos vestidos de pensamentos.
Pois os pensamentos nos vestem. Quando não penso, nua estou seja onde for! Na reunião de negócios, no meio da rua pegando o ônibus cheio, nas estradas viajando... o dia a dia do verão poderia ser sem pensamentos! Assim todos ficariam nus perante raciocínios que não existem. Razões que se inventam pela simples vontade. Visões, missões, ideias que não nascem!
Vejo pessoas nuas pelos caminhos. Caminhando balançando o nada. Indo na direção do poste, quase batendo! Ops! Bateu...
Tem que pensar! Seja assim ou no assado. Na banana com caramelo ou nas belas roupas de Madame Troa.
Eu penso no azul que me rodeia, naquela águia que de longe parece pequena, pequenininha, minúscula. No arroz para comprar! Acabou o óleo... O que faria eu lá no alto daquela torre que avisto? Nossa! Pularia nos braços de alguém à minha espera...
Quem? Alguém? Mais quem? Poderia parar de pensar sobre isto. Alguém que estaria lá e pronto. Uma pessoa nua ou vestida de ideais para me apresentar seu mundo, vida, imaginações, lindos olhos e boca vestida de carne! Hum...
Penso que compensaria saltar daquela torre tão alta, mais tão alta que quase meus olhos não avistam seus últimos milímetros. Olhando daqui, ela é uma coisa só! Parece querer chegar ao céu!!! Será que se ela se esticar um pouquinho consegue? Só relar nas nuvens que papai no céu colocou para criar barreiras até a camada de ozônio.
Pensar é assim. Ideias sem conexão que escritas, sem pretensão, formam um texto pelo menos com imaginação.
E a minha vai longe. Voa alto. Sonha nas plumas de ganso suíço. Nas corredeiras do Tietê lá em cima! No galho que o macaco pulou e deixou balançando e que temo cair.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Acorda, mulher!
A corda passou resteira no seu pescoço! Acorda...
Os acordes gritam pela sua vingança e o som profundo do dó ressoando como um andar de cisne te chama para a canção.
Chegou o dia! Chegou a hora! Momento de comer carne boa, subir ao palco e tentar ser ídolo de loucos que nem sabem dos quereres.
Imagino quanto deva ser difícil, mas são ordens da casa.
E ordem é ordem, mesmo que ordenada por alguém que nem alguém sabe que existe.
Que confusão! Vou parar de te chamar.
Quando quiseres, o palco é seu!
Sexta-feira
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Encanto!
Tem lá um monte de patos brancos perambulando pela horta e lago verde cheio de peixes pequenos (bom para fritar com espinha e tudo. Hum...).
Sonho de uma casa que já tenho guardadinha no sul das montanhas mineiras. Entre neblina e galáxias completamente formadas no céu, minha casa, que é nossa, é azul. Tinindo!
Ela hospeda a Zara, uma fila gigante que deu cria a 14 pequenos indefesos – 7 já foram abatidos pelo poder da natureza cruel e suas chuvas no meio do mato. Bem que Zara tentou salvá-los, mas não deu. Nossa putinha é mãe! Ela é pura, mas sai com qualquer um que suporte seu porte. Suporta?
E lá ainda tem os canarinhos que brotam da terra! Canários legitimamente brasileiros, mineiros, cantam até arrastado! São canários como estes que minha irmã já enterrou milhares. Tinha um Zanhaço no meio! Pássaro que morreu com uma batata mal digerida...
Linda casa entre árvores, Ipês coloridos - amarelo radiante que chega a doer a vista, lilás que meu pai torcia para abrir todos os anos (ele é difícil, uma espécie, digo eu, sistemática) –, plantas das mais diversas e com os mais longos anos. Pau Brasil? Claro que tem! Samambaia e trepadeira tem para vender se quiser! Terra molhada e grama cortada...
O cenário encanta vistas.
Me faz entrar na máquina do tempo e pedir para parar naquele momento. Ficar só sentindo o cheirinho do café que minha mãe passava pelo menos umas quatro vezes ao dia. Garrafa cheia. Ela e meu pai tomavam café como água! Mas era tão bão...
E pensar que quando dava uma fominha antes do almoço, nosso petisco era o leite grosso tirado alí, na hora. A caneca já ficava guardada no barracão dos tios e levávamos somente o Toddy com muito açucar! Ixi... falavam que parecíamos bezerrinhos desmamados! Quem sabe...
Parecíamos? Sim: eu, irmã e irmão. Muitas vezes os muitos primos eram agregados queridos para passar dias enfurnados nas brincadeiras de roça.
Quando chovia? Era a morte da minha mãe... Meu pai saia com os filhos para uma volta pelas poças de água que formavam pela estradinha que ligava nossa casa até a granja (lá estavam os cavalos, os porcos, as galinhas e o zelador na casinha ao lado. Quando era o Odair e a Sula Miranda... Que delícia!). Estas pocinhas de água misturadas com a terra fofa formavam uma deliciosa piscina de lama! Ali passávamos horas lambuzando um ao outro!
Para que hora? Relógio fui conhecer na escola. Professora Mafalda, típica de desenhos animados. E não era animada. Gostava de receber presentes e quem mais a presenteasse no final do ano ganhava as melhores notas! Nunca gostei de presenteá-la...
Mas minhas notas sempre foram exemplares dentro da média que eu mesma criei. Nada abaixo de 8 e para que tirar mais que isto? Bobagem...
A sala de aula se transformava em buffet infantil quando algum dos alunos era o aniversariante. As mães se uniam para festas conjuntas e levavam bolos confeitados e todos tinham que presentear. A aula era deixada de lado. Tenho fitas gravadas!
Em frente o casarão antigo do Cesário Coimbra, minha primeira escola, havia um jardim misterioso. Árvore que chamava por bruxas caso déssemos trinta voltas em volta dela. O Coreto que fazíamos nossos shows e dançávamos a quadrilha todo ano! Havia um Chafariz com peixes coloridos espirrando água desordenadamente. Os peixes morriam logo, ou as crianças os matavam. No obelisco erguido em comemoração ao IV centenário do descobrimento do país, corríamos de lado a outro até as mãos se encontrarem.
Muzambinho é palco de belíssimas artes e artistas.
Uma cidade que carrega na sua história mistérios e fascínio. Quem conhece, quer voltar e quem volta quer ficar. Mesmo que por alguns dias, digo.
Nas suas capelas cheias de segunda a segunda a cidade exibe sua fé. Nos feriados santos não existe alma dentro de casa! Todos para as procissões que chegam a assustar os visitantes...
Linda cidade!
Belíssimas pessoas!
Cheiro de Minas é aquele que vem do nada. Um espasmo! A mente para por segundos, o coração palpita, as mãos molham... os olhos marejam...
Meu canto é minha terra. Minha terra é o canto de todos!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A bisavó
Certa vez minha tia Ássima estava no quarto, após o banho, com minha bisa Coca. Eu não sabia o que elas estavam fazendo lá, então entrei... Uma cena que nunca me esquecerei: a vó Coca lá, sentada numa cadeira baixa e minha tia penteando aqueles cabelos compridos... Pensei em como aquilo seria possível!? Era sempre um coque na cabeça. Desde então para mim todos os coques são falsos.
Correria
Corre São Paulo e seus moradores estáticos como edifícios.
Corre o gozo para a sua hora.
o que é isso?
espero, de coração, que desta vez eu consiga enumerar as loucuras e viagens constantes em minha mente e realidade.
afinal de contas, amigo, viver nas viagens dispostas e nas loucuras queridas é bom...
confesso que tenho tentado moldar e até mudar meu modo de escrever. me cansei.
cansei de ser sexy é engraçado! bom para aqueles momentos de ligar o foda-se e a canção bem alto!
por que os pais têm que morrer?
não sei... ainda não consegui entender esta parte da vida! aliás, a morte é bonita para quem precisa dela. mas para os que ficam ela só é sentida. ponto final.
Camelo me desperta todas as manhãs e faço manha para não levantar... Menina Bordada! as referências me jogam do nono andar a cada melodia. parece que meus pulmões inflam para gritar.
descobri, em meses, que minhas ilusões, pretensões e quereres não são alvos fáceis neste mundo.
então criei o meu próprio mundo e convido-te a participar! bem-vindo sol, lua, mares, montanhas, países, linguas, poesias, João, Mauro, Berenice, acasos, Drummond, girassol, amores, plutão... não esqueça de tirar os sapatos, acomodar as costas na cadeira e não esperar nada!
inté.
OBS: Inventário (Houaiss): 1. descrição detalhada do patrimônio de pessoa falecida (ou não), para que se possa proceder à partilha dos bens/ 2. a ação intentada para a arrecadação e a posterior partilha desses bens