sexta-feira, 30 de outubro de 2009

É só colocar Amy Winehouse para escutar que o dia anima! Bom bom bom!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Para o tarô, cada carta em seu lugar.

Para os búzios, as pedrinhas nos seus momentos.

Para mim, um sorriso.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Hoje eu não tô afim nem do chinelo no pé para ir à padaria...
Bom dia, Seu dia!!!!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nuvens que se movem pelo céu que não está mais azul.

Elas vão passando por ele como os dias passam pela vida.

Nuvens brancas com tons escuros em suas bases.

Quase sinto o cheirinho da chuva!

E elas vão caminhando depressa! Parecem querer levar água a outra cidade que não seja muito distante. Caso contrário vai despejar aqui mesmo.
tomei chuva pega peão: aquela que cai as 18h em ponto!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Rio de Janeiro, 2009

Abro espaço para: Conversa de botas batidas

"Veja você, onde é que o barco foi desaguar
A gente só queria um amor
Deus parece às vezes se esquecer
Ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
Que a gente vai passar

Veja você, onde é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar

Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem

Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além
Vão dizer, que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair"
Marcelo Camelo
obs.: considere em vermelho falas de uma senhora e em verde frases de um senhor (minhas interpretações).
E
les só queriam viver um amor, veio a morte e Camelo fez isso ai! Que isso...

Traição

Assim que acabei de lavar meus cabelos naquela água gelada do chuveiro no máximo, vi escorrer pelas minhas pernas uma água suja...
...de um dia que já passou, de um carinho não recebido, de um abraço não dado, da carne provada.

Morte antes da vida

Coitados dos meus escritos, míseros, se este bloco fosse um computador. Não restaria letra alguma se quer para pensarem que por ali passou um pensamento.

Se nossos maiores poetas (de tamanho não literal) tivessem computadores - Drummond, Lispector, Machado, Buarque... -, não saberíamos, séculos, meses, dias após, da existência magnífica de contos, poesias e lindas frases soltas.

O mistério está na sua interpretação. Por isto os concursos são tão estranhos...

Verdinho!

Tomate verde,

Maçã gelada,

Passarinho na janela cantarolando suas modas que nem sei de onde tira! Quem ensina os pássaros a cantar? Quem será? Beethoven aprendeu com seus sonoros ouvidos de mãos que maravilhas arrancavam até teclas!

Professor dos professores foi meu pai. Estudos pela metade, vida interrompida por cansaço e enfermidade impregnada. Ele sim sabia o que fazer, falar, vestir, como sorrir, se portar, cair, levantar. Com ele tudo parecia ser sempre perfeito com olhos que sabem enxergar a vida que cerca quase como prisão. Prisioneiros? Para que isto!

Não se prenda na casca dura que não agrada nem os menos vestidos de pensamentos.

Pois os pensamentos nos vestem. Quando não penso, nua estou seja onde for! Na reunião de negócios, no meio da rua pegando o ônibus cheio, nas estradas viajando... o dia a dia do verão poderia ser sem pensamentos! Assim todos ficariam nus perante raciocínios que não existem. Razões que se inventam pela simples vontade. Visões, missões, ideias que não nascem!

Vejo pessoas nuas pelos caminhos. Caminhando balançando o nada. Indo na direção do poste, quase batendo! Ops! Bateu...

Tem que pensar! Seja assim ou no assado. Na banana com caramelo ou nas belas roupas de Madame Troa.

Eu penso no azul que me rodeia, naquela águia que de longe parece pequena, pequenininha, minúscula. No arroz para comprar! Acabou o óleo... O que faria eu lá no alto daquela torre que avisto? Nossa! Pularia nos braços de alguém à minha espera...

Quem? Alguém? Mais quem? Poderia parar de pensar sobre isto. Alguém que estaria lá e pronto. Uma pessoa nua ou vestida de ideais para me apresentar seu mundo, vida, imaginações, lindos olhos e boca vestida de carne! Hum...

Penso que compensaria saltar daquela torre tão alta, mais tão alta que quase meus olhos não avistam seus últimos milímetros. Olhando daqui, ela é uma coisa só! Parece querer chegar ao céu!!! Será que se ela se esticar um pouquinho consegue? Só relar nas nuvens que papai no céu colocou para criar barreiras até a camada de ozônio.

Pensar é assim. Ideias sem conexão que escritas, sem pretensão, formam um texto pelo menos com imaginação.

E a minha vai longe. Voa alto. Sonha nas plumas de ganso suíço. Nas corredeiras do Tietê lá em cima! No galho que o macaco pulou e deixou balançando e que temo cair.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Acorda, mulher!

Acorda, mulher!
A corda passou resteira no seu pescoço! Acorda...
Os acordes gritam pela sua vingança e o som profundo do dó ressoando como um andar de cisne te chama para a canção.
Chegou o dia! Chegou a hora! Momento de comer carne boa, subir ao palco e tentar ser ídolo de loucos que nem sabem dos quereres.
Imagino quanto deva ser difícil, mas são ordens da casa.
E ordem é ordem, mesmo que ordenada por alguém que nem alguém sabe que existe.
Que confusão! Vou parar de te chamar.
Quando quiseres, o palco é seu!

Sexta-feira

Sexta com cesta de pão quente saído do forno parece sexta de Muzambinho na época sem data e dia sem horas que passavam tão lentamente que o prazer duplicava automaticamente pelos sertões mineiros rodeados de montanhas geladas ventos frescos casas aconchegantes cobertores para aquecer e brigadeiro de panela! leve lembrança de uma sexta com cesta cheia...











quinta-feira, 22 de outubro de 2009


"Um beijo, com sabor te amo!" (Pettiana)

Encanto!

Minha janela vai de encontro ao céu. Eu quase toco os dedos dos pés de São Pedro quando ele se estica logo cedo na espreguiçadeira da varanda de sua casa de madeira. A casa de São Pedro é a minha casa – meu sonho de casa.

Tem lá um monte de patos brancos perambulando pela horta e lago verde cheio de peixes pequenos (bom para fritar com espinha e tudo. Hum...).

Sonho de uma casa que já tenho guardadinha no sul das montanhas mineiras. Entre neblina e galáxias completamente formadas no céu, minha casa, que é nossa, é azul. Tinindo!
Ela hospeda a Zara, uma fila gigante que deu cria a 14 pequenos indefesos – 7 já foram abatidos pelo poder da natureza cruel e suas chuvas no meio do mato. Bem que Zara tentou salvá-los, mas não deu. Nossa putinha é mãe! Ela é pura, mas sai com qualquer um que suporte seu porte. Suporta?

E lá ainda tem os canarinhos que brotam da terra! Canários legitimamente brasileiros, mineiros, cantam até arrastado! São canários como estes que minha irmã já enterrou milhares. Tinha um Zanhaço no meio! Pássaro que morreu com uma batata mal digerida...

Linda casa entre árvores, Ipês coloridos - amarelo radiante que chega a doer a vista, lilás que meu pai torcia para abrir todos os anos (ele é difícil, uma espécie, digo eu, sistemática) –, plantas das mais diversas e com os mais longos anos. Pau Brasil? Claro que tem! Samambaia e trepadeira tem para vender se quiser! Terra molhada e grama cortada...

O cenário encanta vistas.

Me faz entrar na máquina do tempo e pedir para parar naquele momento. Ficar só sentindo o cheirinho do café que minha mãe passava pelo menos umas quatro vezes ao dia. Garrafa cheia. Ela e meu pai tomavam café como água! Mas era tão bão...

E pensar que quando dava uma fominha antes do almoço, nosso petisco era o leite grosso tirado alí, na hora. A caneca já ficava guardada no barracão dos tios e levávamos somente o Toddy com muito açucar! Ixi... falavam que parecíamos bezerrinhos desmamados! Quem sabe...
Parecíamos? Sim: eu, irmã e irmão. Muitas vezes os muitos primos eram agregados queridos para passar dias enfurnados nas brincadeiras de roça.

Quando chovia? Era a morte da minha mãe... Meu pai saia com os filhos para uma volta pelas poças de água que formavam pela estradinha que ligava nossa casa até a granja (lá estavam os cavalos, os porcos, as galinhas e o zelador na casinha ao lado. Quando era o Odair e a Sula Miranda... Que delícia!). Estas pocinhas de água misturadas com a terra fofa formavam uma deliciosa piscina de lama! Ali passávamos horas lambuzando um ao outro!

Para que hora? Relógio fui conhecer na escola. Professora Mafalda, típica de desenhos animados. E não era animada. Gostava de receber presentes e quem mais a presenteasse no final do ano ganhava as melhores notas! Nunca gostei de presenteá-la...
Mas minhas notas sempre foram exemplares dentro da média que eu mesma criei. Nada abaixo de 8 e para que tirar mais que isto? Bobagem...

A sala de aula se transformava em buffet infantil quando algum dos alunos era o aniversariante. As mães se uniam para festas conjuntas e levavam bolos confeitados e todos tinham que presentear. A aula era deixada de lado. Tenho fitas gravadas!

Em frente o casarão antigo do Cesário Coimbra, minha primeira escola, havia um jardim misterioso. Árvore que chamava por bruxas caso déssemos trinta voltas em volta dela. O Coreto que fazíamos nossos shows e dançávamos a quadrilha todo ano! Havia um Chafariz com peixes coloridos espirrando água desordenadamente. Os peixes morriam logo, ou as crianças os matavam. No obelisco erguido em comemoração ao IV centenário do descobrimento do país, corríamos de lado a outro até as mãos se encontrarem.

Muzambinho é palco de belíssimas artes e artistas.

Uma cidade que carrega na sua história mistérios e fascínio. Quem conhece, quer voltar e quem volta quer ficar. Mesmo que por alguns dias, digo.

Nas suas capelas cheias de segunda a segunda a cidade exibe sua fé. Nos feriados santos não existe alma dentro de casa! Todos para as procissões que chegam a assustar os visitantes...

Linda cidade!

Belíssimas pessoas!

Cheiro de Minas é aquele que vem do nada. Um espasmo! A mente para por segundos, o coração palpita, as mãos molham... os olhos marejam...

Meu canto é minha terra. Minha terra é o canto de todos!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


O tempo muda a gente o tempo inteiro.
Você viu? Até os dias claros do verão já se foram sem vergonha...
Ando tão perto da sensibilidade de uma pedra que as lágrimas secaram.
Em segundos diferentes penso diferentes segundos.

A bisavó

Não consigo fazer saltitar da memória o rosto daquela mulher enigmática que todos adoravam como santa! Ela trazia consigo uma saia neutra, um casaquinho de lã (quem sabe?), uma meia entre as pernas para assegurar as veias já velhas. Os cabelos eram brancos e sempre amarrados. Por que elas usavam tanto coque?
Certa vez minha tia Ássima estava no quarto, após o banho, com minha bisa Coca. Eu não sabia o que elas estavam fazendo lá, então entrei... Uma cena que nunca me esquecerei: a vó Coca lá, sentada numa cadeira baixa e minha tia penteando aqueles cabelos compridos... Pensei em como aquilo seria possível!? Era sempre um coque na cabeça. Desde então para mim todos os coques são falsos.

Correria

Corre o corredor de corridas sempre atrasado do primeiro colocado.

Corre o carro de passeio com as crianças saltitantes e os pais atrasados.

Corre o pássaro predador no vôo razante pela lagoa em busca da presa.

Corre São Paulo e seus moradores estáticos como edifícios.

Corre para o bloquinho para não perder a ideia.

Corre moça de salto! Corre para não perder o ônibus!

Corre o louco em círculos.

Corre a palavra da borracha.

Corre o gozo para a sua hora.

o que é isso?

isto é mais uma tentativa de dar vida aos meus pensamentos.

espero, de coração, que desta vez eu consiga enumerar as loucuras e viagens constantes em minha mente e realidade.
afinal de contas, amigo, viver nas viagens dispostas e nas loucuras queridas é bom...

gostoso que nem bumbum de nenem com aquelas dobrinhas infinitas!

confesso que tenho tentado moldar e até mudar meu modo de escrever. me cansei.
cansei de ser sexy é engraçado! bom para aqueles momentos de ligar o foda-se e a canção bem alto!

por que os pais têm que morrer?
não sei... ainda não consegui entender esta parte da vida! aliás, a morte é bonita para quem precisa dela. mas para os que ficam ela só é sentida. ponto final.

Camelo me desperta todas as manhãs e faço manha para não levantar... Menina Bordada! as referências me jogam do nono andar a cada melodia. parece que meus pulmões inflam para gritar.

a cada minuto uma esperança. em cada semáforo uma tristeza. na tristeza a vontade da felicidade. para a alegria ofereço uma maça verde. aos meninos que pedem dinheiro abro apenas o sorriso.

descobri, em meses, que minhas ilusões, pretensões e quereres não são alvos fáceis neste mundo.
então criei o meu próprio mundo e convido-te a participar! bem-vindo sol, lua, mares, montanhas, países, linguas, poesias, João, Mauro, Berenice, acasos, Drummond, girassol, amores, plutão... não esqueça de tirar os sapatos, acomodar as costas na cadeira e não esperar nada!

despretensão é a palavra do momento!

inté.

OBS: Inventário (Houaiss): 1. descrição detalhada do patrimônio de pessoa falecida (ou não), para que se possa proceder à partilha dos bens/ 2. a ação intentada para a arrecadação e a posterior partilha desses bens