quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Haiti sofre. Sofro junto.

As unhas, fracas, escavam na busca esperançosa de alguém vivo ali embaixo. Sobre os escombros doloridos existem vidas, antes sofridas, agora interrompidas. E as unhas continuam ganhando terras por debaixo de suas carnes e aflitos correm de lado a outro sem ajuda, sem chão e muito menos sem teto para esconder os rostos tristes de solidão. As águas quentes do mar que banha aquela região revoltaram contra os mais sofridos, os mais lindos e sinceros povos. Entre eles brasileiros e seus parentes aqui aflitos. E as unhas continuam cavando sem fim à procura de suspiros soterrados. E continuarão até que de países com melhores estruturas recebam auxilio para tomar um copo d’água, vestir uma camisa sem sangue e comer uma lasca de pão. Americanos, franceses, brasileiros, japoneses, chineses se tornarão um povo só. Sim? Pequenas casas e grandes hotéis por terra abaixo. Pernas, braços, cabeças e tijolos se confundem formando uma só tragédia. As unhas, agora já gastas, quebradas e doloridas, cavarão com suor escorrido e lágrima sentida por novos rostos mortos a encontrar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E quase nadei até a África!

Quase, que pena... Mas a chuva impediu minha coragem de ganhar forças e meus braços se esticarem atééé lá na frente em braçadas robustas. Ainda não consegui chegar até a África no nado...
Choveu muito, né? Lastimável para famílias com grandes sonhos e amigos agora em memórias finitas. As tragédias, desde a meia noite do último dia do ano passado, foram vozes de um alerta que não terá fim.
Foi então que minhas malas arrumei para endereçar por alguns dias com o pé na areia salgada das praias mais lindas, cachoeiras mais frescas e histórias mais passadas. Ubatuba, a tal capital do surf, abriu os mares e o céu!
Nas pequenas praias deste litoral pensei no que passou e rabisquei alguns quereres...
- hoje, meu caro, é hoje!
- amanhã não terei a mesma disposição que agora, então mangas arregaçadas para fazer.
- o construido está feito.
- aqueles sonhos sonhados terão fim em breve... na verdade terão um começo!
- e começos são sempre leves!
- academia!
- unhas feitas e cabelo tratado.
- visitas aos velhos e olás aos novos da família!
- justiça.
- oportunidades.
- um novo computador.
- um novo sofá! Mas tbm azul...
- um livro? Dois?
- poesias!!!! Versos!!!! Prosas!!!! Conversas!!!!
- amigos amigos e amigos.
- hoje, 356 dias de amor...
- uma bicicleta! Não quero um carro para me misturar aos milhões as seis horas da tarde. Minha paciência e consciência não me permitem.
- voltas pelas árvores!
Não quero muitas coisas... não gosto de listinhas! Prefiro que o vento sopre e me leve junto.
Prefiro não pensar muito para fazer e nem fazer sem pensar nada. Só um pouquinho de pé no chão, o resto vai voando com o vento alí de cima!
Ah, quero beber muita água e tomar betacaroteno.
Vou visitar um sebo no próximo sábado para renovar minha pequena biblioteca. Preciso me acertar com os recebidos...
As fotos da minha mesa de trabalho ganharam novas amigas! Novo passado!
Quero conhecer novas culturas. Uma nova religião. Preciso de uma mãe que acolha meu santo!
E como já é do meu costume, continuarei regando meu jardim de esperanças belas e crenças amarelas!

Viva o ano!

Voltei para os dias iguais nas suas distintas iguarias. Hoje é segunda, amanhã terça e assim, adiantando os minutos, logo será sábado e domingo. E, mais uma vez, a correria dos segundos se faz presente. No presente.
Para o novo ano, conclusões dos velhos planos e reinvenção das velhas ideias. Elas não podem morrer!
Para o ano novo, cores e minissaia é o mais pedido!
E eu sempre peço que as águas que banham os estados, sejam estas salgadas ou doces como os rios negros, levem para lavar as roupas sujas esquecidas por alguns nos tanques de pedra sabão. Lavar para deixar branco como a paz!
E vamos começar! Novamente e vivamente, mais um novo ano!