Sim, claro! Nada que algumas nuvens tire do céu a claridade de ser Rio, Rio de Janeiro. Tão lindo na sua sujeira e tão orgulhoso da sua pobreza. Nao de gente, nao! Da pobreza de Estado. Das hipocrisias de suas milícias enrrustidas nas esquinas que foram palco de sambas e cores. Viva o Rio. Suas maravilhas disfarçadas. Suas caras. Praias...
domingo, 30 de junho de 2013
segunda-feira, 3 de junho de 2013
domingo, 27 de maio de 2012
Parei um minuto. Para pensar.
Parecia que há tempos Maria não me dizia o que já disse em
dois dias. Estava fora do mundo, fora de cogitação, digitando tudo errado, sem
pensar. Sem parar.
E agora eu, Maria, parei para pensar em mim e nos meus
miolos. Tenho vários! E muitos são podres. Muitos são ignorantes. Outros tantos
nem conto. Nem somo, mas também não substraio.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
roda baiana!

Jabuticabas pretinhas, como ela... jabuticabas doces, como os seus sorrisos... jabuticabas redondas, como sua saia cheia de pregas e pragas que arrasta camaradas na curiosidade desta beleza rica e incontida.
Roda, baiana! Sem pressa e com presas!
Roda, baiana com toda sua graça enfeitada para animar os sons das ventanias!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Personagem da solidão

Ele chora.
Enxuga as lágrimas ralas na manga do casaco bem surrado do frio que já passou pelos longos e amargos solitários 92 anos de vida mineira.
Nada de muitos netos, apenas Fernando Henrique - moço alto, bonito, olhos claros e cabelos fartos. Formado em alguma das engenharias e moço de salário imperial. Neto só mesmo no papel e sobrenome atuante que carrega - talvez a única herança que seu avô, o personagem da solidão, deixara para a eternidade dos descendentes.
Natal com a esposa era ainda farto de presentes pequenos, perus gordos e pinheiro verde do quintal. Nesta fábula dos dias passados as sequências de fatos ainda impressionavam os pequenos parentes.
Foi então que o capital, assim como veio, se foi. E junto dele, a família navegou rumo outros mares estrangeiros para aportar nos vizinhos europeus. De lá o personagem da solidão tem apenas ciência que estão todos bem. Bem de vida!
Para ele, ainda aqui no Brasil de brasileiros, restou a casa com telhados escuros e ralos quando o frio baixa, o quintal agora sem pinheiros, uma aposentadoria por invalidez mesquinha (típica) e o casaco para enxugar as lágrimas.
Quantos idosos hoje vivem na escuridão das suas recordações cheia de cores?
terça-feira, 23 de março de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)