sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Telles

Lygia parece estar aqui, sentada ao meu lado esquerdo – lado do coração -, contando prosas, falando histórias, narrando vidas, querendo futuros. Ela está aqui e trouxe cartas de Drummond para eu ler. Que prazer. Que alegria!

Lygia veio para dizer bonito sobre mulheres e escrever tinindo de buniteza sobre amores. Sofridos. Mas amores. Dores. Cores de ruas limpas na beleza de uma memória de menina moça agora mulher. E que mulher de orgulho para muitos e ideal para mim. Que escrita! Que sonho!

Então Lygia decide que não vai embora. Ficará aqui, segurando em minhas mãos para mostrar que posso fazer assim, simples como venho fazendo, e ser assim, universal como ela sempre foi.


Dúvidas? Somente quando vou pintar os cabelos e não sei bem a cor... levanto com ela a bandeira da modernização burguesa, esta de duvidosas cores como o cabelo. A dela, vermelha e verde. A minha? Talvez assim, branca como a paz e leve como palavras bem colocadas.

Um comentário:

  1. "Leve como palavras bem colocadas"... precisa falar nada...

    porque será que a gente gosta tanto de escrever, né?

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Invente!